quarta-feira, 22 de abril de 2015

Conflitos no período Brasil regencial

Cabanagem

Pará (1835 – 1840)

Causas: Revolta contra a situação de miséria da população e contra os responsáveis por sua exploração.
Participação: Cabanos – homens e mulheres pobres, índios, negros e mestiços que trabalhavam na extração de produtos da floresta e viviam em casas semelhantes a cabanas. Inicialmente foram apoiados por alguns fazendeiros, descontentes com a política centralizadora do governo imperial, que se afastaram devido ao interesse dos cabanos em acabar com a escravidão e dividir terras.
Objetivos: Tomar o poder da província e tentar pôr fim ás injustiças sociais.
Resultados: Os cabanos tomaram o poder, mas tiveram grande dificuldade em governar. Desorganização divergências entre os líderes e traição facilitaram a repressão violenta comandada pelas tropas do governo imperial. Calcula – se que mais de 30 mil revoltosos foram mortos; os que sobreviveram foram presos.

Farroupilhas

Rio Grande do Sul (estendeu – se para Santa Catarina) (1835 – 1845)

Causas: Dificuldades econômicas dos produtores rurais do Rio Grande do Sul (cuja economia era baseada na produção do charque e voltada para o mercado interno), dada a concorrência de produtores do Uruguai e da Argentina, e dos estancieiros da fronteira Brasil – Uruguai, que queriam eliminar ou reduzir as taxas sobre o gado, propiciando livre circulação dos rebanhos, e maior liberdade administrativa para a província.
Participação: Estancieiros, que também envolveram homens livres e pobres e os escravos.
Objetivos: Garantir o lucro das estâncias e exercer o poder no Rio Grande do Sul com maior autonomia.
Resultados: Derrota militar seguida de acordo de paz, assegurando que os fazendeiros gaúchos não seriam punidos e receberiam anistia do imperador; os soldados  farroupilhas seriam incorporados ao exército imperial, e os escravos fugidos que lutaram ao lado dos farroupilhas teriam direito à liberdade.

Revolta dos Malês

Bahia (1835)

Motivos: Revolta contra a escravidão.
Participação: Escravos africanos conhecidos como malês, muito dos quais eram muçulmanos.
Objetivos: Lutar contra os donos de escravos para conseguir a liberdade.
Resultados: Derrota e prisão dos revoltosos; alguns foram condenados a açoite em público e fuzilamento.

Sabinada

Bahia (1937)

Objetivo: Oposição ao governo regencial.
Participação: Homens cultos e de posses da cidade de Salvador.
Objetivos: Instituir uma república na província enquanto o príncipe herdeiro fosse menor de idade.
Resultados: Os revoltosos chegaram a tomar o poder, mas os fazendeiros que os apoiavam, temerosos com as declarações de que o governo provisório da província concederia liberdade aos escravos que lutassem ao lado dos rebeldes, abandonaram o movimento e passaram a ajudar as forças imperiais enviadas para combater a revolta; a repressão foi muito violenta, mais os líderes do movimento não foram mortos.

Balaiada

Maranhão (1838 – 1841)

Causas: Crise da economia agrária da província em função da queda do preço do algodão (seu principal produto) e da perda de compradores no exterior devido à concorrência do algodão dos Estados Unidos, levando a miséria grande parte da população.
Participação: Trabalhadores (vaqueiros, sertanejos e escravos) e profissionais urbanos, o chamado “grupo dos bem – te – vis”.
Objetivos: Lutar contra a miséria, a fome, a escravidão e os maus – tratos a que eram submetidos.
Resultados: O governo enviou tropas para combater os rebeldes, que conquistaram a cidade de Caxias; os bem – te – vis já haviam abandonado os sertanejos e apoiavam as tropas governamentais. Após combate violento, os revoltosos foram derrotados; morreram cerca de 12 mil sertanejos e escravos.

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