sábado, 25 de abril de 2015

Guerra de Canudos



  • Suas principais causas estão ligadas à injusta situação fundiária do país e ao total abandono em que se encontravam as populaçãoes humildes;
  • A tensão social explodia com frequência, quase sempre em momentos de seca prolongada, como nas duas últimas décadas do século XIX;
  • Durante as secas prolongadas, a população perdia suas fontes de sustento e muitas pessoas procuravam sobreviver migrando para outras regiões
  • Aumento do bantitismo social (exemplo: cangalo);
  • Também se disseminava nessas épocas o misticismo religioso;
  • Antônio Maciel, o Antônio Conselheiro, foi um desse líderes;
  • O povo acreditava que Antônio Conselheiro os ajudaria a sair daquela situação precária;
  • Em 1893, Conselheiro é seus seguidores estabeleceram - se na antiga fazenda de Canudos, nas margens do rio Vaza - Barris (fundaram a aldeia de Belo Monte);
  • A Igreja perdia fiéis, os coroneis sentiam - se prejudicados com o constante deslocamento de mão - de - obra para Canudos;
  • Antônio Conselheiro foi acusado de monarquista, principalmente devido pelos versos recolhidos pelo jornalista Euclides da Cunha;
  • Além disso, Conselheiro criticava o governo republicano e apelava ao rei português Dom Sebastião;
  • Em 1896 - O arraial contava com mais ou menos 20 mil sertanejos; 
  • Os padres e coroneis coagiram o governado da Bahia;
  • Foram instituídas 3 expedições militares, foram vencidas pelo moradores de Canudos;
  • A quarta expedição foi organizada pelo ministro de guerra, Carlos Bitteencourt, o qual recrutou cerca de 10 mil homens que comandados pelo general Arthur Costa;
  • A comunidade de Canudos foi arrassada no dia 05 de Outubro de 1897


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Conflitos no período Brasil regencial

Cabanagem

Pará (1835 – 1840)

Causas: Revolta contra a situação de miséria da população e contra os responsáveis por sua exploração.
Participação: Cabanos – homens e mulheres pobres, índios, negros e mestiços que trabalhavam na extração de produtos da floresta e viviam em casas semelhantes a cabanas. Inicialmente foram apoiados por alguns fazendeiros, descontentes com a política centralizadora do governo imperial, que se afastaram devido ao interesse dos cabanos em acabar com a escravidão e dividir terras.
Objetivos: Tomar o poder da província e tentar pôr fim ás injustiças sociais.
Resultados: Os cabanos tomaram o poder, mas tiveram grande dificuldade em governar. Desorganização divergências entre os líderes e traição facilitaram a repressão violenta comandada pelas tropas do governo imperial. Calcula – se que mais de 30 mil revoltosos foram mortos; os que sobreviveram foram presos.

Farroupilhas

Rio Grande do Sul (estendeu – se para Santa Catarina) (1835 – 1845)

Causas: Dificuldades econômicas dos produtores rurais do Rio Grande do Sul (cuja economia era baseada na produção do charque e voltada para o mercado interno), dada a concorrência de produtores do Uruguai e da Argentina, e dos estancieiros da fronteira Brasil – Uruguai, que queriam eliminar ou reduzir as taxas sobre o gado, propiciando livre circulação dos rebanhos, e maior liberdade administrativa para a província.
Participação: Estancieiros, que também envolveram homens livres e pobres e os escravos.
Objetivos: Garantir o lucro das estâncias e exercer o poder no Rio Grande do Sul com maior autonomia.
Resultados: Derrota militar seguida de acordo de paz, assegurando que os fazendeiros gaúchos não seriam punidos e receberiam anistia do imperador; os soldados  farroupilhas seriam incorporados ao exército imperial, e os escravos fugidos que lutaram ao lado dos farroupilhas teriam direito à liberdade.

Revolta dos Malês

Bahia (1835)

Motivos: Revolta contra a escravidão.
Participação: Escravos africanos conhecidos como malês, muito dos quais eram muçulmanos.
Objetivos: Lutar contra os donos de escravos para conseguir a liberdade.
Resultados: Derrota e prisão dos revoltosos; alguns foram condenados a açoite em público e fuzilamento.

Sabinada

Bahia (1937)

Objetivo: Oposição ao governo regencial.
Participação: Homens cultos e de posses da cidade de Salvador.
Objetivos: Instituir uma república na província enquanto o príncipe herdeiro fosse menor de idade.
Resultados: Os revoltosos chegaram a tomar o poder, mas os fazendeiros que os apoiavam, temerosos com as declarações de que o governo provisório da província concederia liberdade aos escravos que lutassem ao lado dos rebeldes, abandonaram o movimento e passaram a ajudar as forças imperiais enviadas para combater a revolta; a repressão foi muito violenta, mais os líderes do movimento não foram mortos.

Balaiada

Maranhão (1838 – 1841)

Causas: Crise da economia agrária da província em função da queda do preço do algodão (seu principal produto) e da perda de compradores no exterior devido à concorrência do algodão dos Estados Unidos, levando a miséria grande parte da população.
Participação: Trabalhadores (vaqueiros, sertanejos e escravos) e profissionais urbanos, o chamado “grupo dos bem – te – vis”.
Objetivos: Lutar contra a miséria, a fome, a escravidão e os maus – tratos a que eram submetidos.
Resultados: O governo enviou tropas para combater os rebeldes, que conquistaram a cidade de Caxias; os bem – te – vis já haviam abandonado os sertanejos e apoiavam as tropas governamentais. Após combate violento, os revoltosos foram derrotados; morreram cerca de 12 mil sertanejos e escravos.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Conflito no período Brasil colonial

Guerra de Palmares (1630 – 1695)

Motivos: Libertação da população nega submetida à escravidão.
Resultados: Repressão violenta por parte das autoridades metropolitanas e coloniais. Derrota dos revoltosos.

Revolta de Beckman (1684)

Motivos: Senhores de engenho maranhenses queriam acabar com a Companhia do Estado do Maranhão e com a influência dos jesuítas e obter autorização para escravizar os índios.
Resultados: O rei de Portugal mandou acabar com o governo provisório, instituído pelos revoltosos. Manuel Beckman e outros líderes do movimento foram mortos. Os jesuítas, expulsos pelos revoltosos, retornaram ao Maranhão. A Companhia de Comércio foi extinta e a escravidão dos índios autorizada.

Guerra dos Emboabas (1708)

Motivos: Disputa entre paulistas e “emboabas” (portugueses e colonos de outras capitanias) pelo direito de explorar jazidas de ouro.
Resultados: Derrota dos paulistas.

Guerra dos Mascates (1710)

Motivos: Disputa entre comerciantes do Recife (os mascates) e os senhores de engenho de Olinda pelo controle político da capitania.
Resultados: Vitória dos mascates de Recife.

Revolta de Vila Rica (1720)

Motivos: Insatisfação e revolta contra a criação das Casas de Fundição e a cobrança do quinto do ou
Resultados: Repressão violenta das autoridades. Derrota dos revoltosos, com a execução do líder Felipe dos Santos.

domingo, 19 de abril de 2015

Esparta



Esparta foi fundada pelos dórios na planície da Lacônia, situada na península do Peloponeso, às margens do rio Eurotas.
Isolada pelas montanhas e sem saída para o mar, fechada sobre si mesma e avessa às influências externas, Esparta era uma cidade – estado conservadora, fundada num governo oligárquico – autoritário e numa educação militar.
A economia baseava – se na agricultura, ficando o comércio e a indústria em segundo plano. O Estado dividia a terra em lotes iguais distribuídos entre os cidadãos – soldados conjuntamente com um determinado número de escravos encarregados de seu cultivo. O soldado espartano dedicava – se apenas à formação militar e não exercia nenhuma atividade econômica.
A sociedade espartana estava dividida em três classes:
·         Esparciatas: constituíam a aristocracia, eram os cidadãos – soldados (ou “iguais”) e monopolizavam as instituições políticas;
·         Periecos: homens livres, mas sem cidadania, dedicavam – se à agricultura, ao comércio e ao artesanato;
·         Hilotas: escravos, realizavam todos os trabalhos manuais e constituíam a maioria da população de Esparta.
Segundo a tradição, a Constituição espartana foi redigida por um legislador mítico, Licurgo, e não podia ser modificada. Ad instituições políticas compunham – se:
·         Diarquia: dois reis;
·         Gerúsia: conselho aristocrático formado por 28 anciãos;
·         Apela: assembleia militar encarregado de votar as leis propostas pela gerúsia;
·         Eforato: onde estava o verdadeiro poder, era controlado por cinco éforos ou vigilantes, que controlavam a vida pública e particular de todos os cidadãos espartanos.
A cultura espartana aboliu as artes e as letras limitando seus esforços na educação de seus cidadãos que eram preparados desde os sete anos de idade para serem fortes e disciplinados submetendo – se aos interesses do Estado.

A mulher espartana gozava de certa liberdade se a compararmos com a ateniense: era valorizada como procriadora de guerreiros e geria a economia doméstica, mas nunca alcançou status político.

domingo, 12 de abril de 2015

Constituições brasileiras

1822
• Ortogada pelo imperador D.Pedro I.
• Fortaleceu o poder pessoal do imperador com a criação do quarto poder (poder moderador), que permitia ao soberano intervir, com funções fiscalizadoras, em assuntos próprios dos poderes Legislativo e Judiciário.
• Províncias passaram a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador.
• Estabeleceu eleições indiretas e censitárias: os eleitores eram homens livres, selecionados de acordo com sua renda.

1891
• Promulgada pelo Congresso Constitucional, elegeu indiretamente para a Presidência da República o marechal Deodoro da Fonseca.
• Instituiu o presidencialismo, eleições diretas para a Câmara e o Senado e mandato presidencial de quatro anos.
• Estabeleceu o voto universal, não obrigatório e não secreto; ficavam excluídos das eleições os menores de 21 anos, as mulheres, os analfabetos, os soldados e os religiosos.

1934
• Promulgada pela Assembléia Constituinte no primeiro governo de Getúlio Vargas.
• Instituiu a obrigatoriedade do voto e tornou - o secreto; ampliou o direito de voto para mulheres e cidadãos de no mínino 18 anos de idade. Continuaram fora do jogo democrático os analfabetos, os soldados e os religiosos. Para dar maior confiabilidade. Aos pleitos, foi criada a Justiça Eleitoral.
• Institui o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal, as férias anuais remunerados e a indenização por dispensa sem justa causa. Sindicatos e associações profissionais passaram a ser reconhecidos, com o direito de funcinar automaticamente.

1937
• Outorgada no governo Getúlio Vargas.
• Instituiu o regime ditatorial do Estado Novo: a pena de morte, a suspensão de imunidades parlamentares, a prisão e o exílio de opositores.
• Suprimiu a liberdade partidária e extinguiu a independência dos poderes e a autonomia federativa. Governadores e prefeitos passaram a ser nomeados pelo presidente, cuja eleição também seria indireta de Vargas, porém, permaneceu no poder, sem aprovação de sua continuidade, até 1945.

1946
• Promulgada no governo de Eurico Gaspar Dutra, após o período do Estado Novo, restabeleceu os direitos individuais e extinguiu a censura e a pena de morte.
• Instituiu eleições diretas para presidente da República, com mandato de cinco anos.
• Restabeleceu o direito de greve e o direito à estabilidade de emprego após dez anos de serviço.
• Retomou a independência dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a autonomia dos estados e municípios.
• Retomou o direito de voto obrigatório e universal, sendo excluídos os menores de 18 anos, os analfabetos, os soldados e os religiosos.

1988
• Retomou o pleno estado de direito democrático após o período militar.
•Ampliou e fortaleceu as garantias dos direitos individuais e das liberdades públicas.
• Retomou o regime representativo, presidencialista e federativo.
• Dispôs sobre a defesa do meio ambiente e do patrimônio cultura da nação.
• Garantiu o direito de voto aos analfabetos e aos maiores de 16 anos (opcional) em eleições livres e diretas, para todos os níveis, com o voto universal, secreto e obrigatório.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Deuses greco - romano


Atenas

Atenas foi fundada pelos jônicos na península da ática, próximo ao porto de Pireu. A proximidade do mar Egeu contribuiu para que Atenas desenvolvesse a navegação e o comércio e participasse do movimento de colonização (Segunda Diáspora Grega).
A economia ateniense baseava – se na agricultura, indústria e comércio. Sua sociedade dividia em três classes:
·         Cidadão: subdividida em três outros setores
Eupátridas (aristocracia agrária);
Georgoi (pequenos agricultores) e
Demiurgos ( artesãos e comerciantes);
·         Metecos: estrangeiros residentes em Atenas, dedicavam – se, principalmente ao comércio e a indústria;
·         Escravos: maior parte da população que desenvolveram todas as atividades manuais, desde serviços caseiros até a agricultura.
Sua história política é mais complexa que a de Esparta: a monarquia foi a primeira forma de governo adotada, cujo rei recebia o título de basileus.
Essa autoridade, foi posteriormente substituída por um regime aristocrático – oligárquico controlado pela aristocracia agrária. No lugar dos basileus governavam nove arcontes (arcontato), magistrados eleitos anualmente pelo areópago, conselho eupátrida que exercia o poder legislativo. As leis propostas pelo areópago eram votadas pela Eclésia, assembleia popular formada pelos cidadãos.
A participação de Atenas na colonização dos mares Negro e Mediterrâneo impulsionou sua indústria e comércio, enriquecendo os demiurgos; e, ao empobrecer os pequenos agricultores com a concorrência, aumento a escravidão por dívida e o desemprego, levando a cidade a intensa crise político – social. Tal crise abriu espaço para o surgimento dos legisladores:
·         Drácon: em 624 a.C., arconte eupátrida, elaborou um código escrito para Atenas, cuja severidade contribuiu para aumentar a insatisfação popular.
·         Sólon: em 594 a.C., magistrado e poeta, aboliu a escravidão por dívidas, suspendeu as hipotecas sobre as terras, incrementou o comércio e a indústria. Redividiu, também, a sociedade ateniense em quatro classes que, segundo o critério de riqueza, participariam do arcontato, do areópago, da bulé (conselho dos 500), da Eclésia e da heliéia (tribunal). O insucesso das reformas desencadeou insurreições populares e possibilitou a conquista do poder pelos tiranos.
Psístrato, primeiro tirano de ateniense, em 560 a.C., realizou uma reforma agrária que enfraqueceu os eupátridas. Seus filhos, Hiparco e Hípias, perderam o apoio dos demos e o poder foi conquistado por Iságoras, tirano anti – popular. Este, por sua vez, foi derrubado por Clístenes, tirano cujas reformas implantaram o regime democrático.

Da democracia participavam apenas os cidadãos e estavam marginalizados os estrangeiros, as mulheres e os escravos. Criou – se também o ostracismo. A democracia ateniense atingiu o apogeu durante o século de Péricles.

Hebreus, fenícios e persas