Atenas foi fundada pelos jônicos na península da ática,
próximo ao porto de Pireu. A proximidade do mar Egeu contribuiu para que Atenas
desenvolvesse a navegação e o comércio e participasse do movimento de
colonização (Segunda Diáspora Grega).
A economia ateniense baseava – se na agricultura, indústria
e comércio. Sua sociedade dividia em três classes:
·
Cidadão:
subdividida em três outros setores
• Eupátridas (aristocracia
agrária);
• Georgoi (pequenos
agricultores) e
• Demiurgos ( artesãos e comerciantes);
·
Metecos:
estrangeiros residentes em Atenas, dedicavam – se, principalmente ao comércio e
a indústria;
·
Escravos:
maior parte da população que desenvolveram todas as atividades manuais, desde
serviços caseiros até a agricultura.
Sua história política é mais complexa que a de Esparta: a
monarquia foi a primeira forma de governo adotada, cujo rei recebia o título de
basileus.
Essa autoridade, foi posteriormente substituída por um
regime aristocrático – oligárquico controlado pela aristocracia agrária. No
lugar dos basileus governavam nove arcontes (arcontato), magistrados eleitos
anualmente pelo areópago, conselho eupátrida que exercia o poder legislativo.
As leis propostas pelo areópago eram votadas pela Eclésia, assembleia popular
formada pelos cidadãos.
A participação de Atenas na colonização dos mares Negro e
Mediterrâneo impulsionou sua indústria e comércio, enriquecendo os demiurgos;
e, ao empobrecer os pequenos agricultores com a concorrência, aumento a
escravidão por dívida e o desemprego, levando a cidade a intensa crise político
– social. Tal crise abriu espaço para o surgimento dos legisladores:
·
Drácon:
em 624 a.C., arconte eupátrida, elaborou um código escrito para Atenas, cuja
severidade contribuiu para aumentar a insatisfação popular.
·
Sólon:
em 594 a.C., magistrado e poeta, aboliu a escravidão por dívidas, suspendeu as
hipotecas sobre as terras, incrementou o comércio e a indústria. Redividiu,
também, a sociedade ateniense em quatro classes que, segundo o critério de
riqueza, participariam do arcontato, do areópago, da bulé (conselho dos 500),
da Eclésia e da heliéia (tribunal). O insucesso das reformas desencadeou
insurreições populares e possibilitou a conquista do poder pelos tiranos.
Psístrato, primeiro tirano de ateniense, em 560 a.C., realizou
uma reforma agrária que enfraqueceu os eupátridas. Seus filhos, Hiparco e
Hípias, perderam o apoio dos demos e o poder foi conquistado por Iságoras,
tirano anti – popular. Este, por sua vez, foi derrubado por Clístenes, tirano
cujas reformas implantaram o regime democrático.
Da democracia participavam apenas os cidadãos e estavam
marginalizados os estrangeiros, as mulheres e os escravos. Criou – se também o
ostracismo. A democracia ateniense atingiu o apogeu durante o século de
Péricles.
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