quinta-feira, 9 de abril de 2015

Atenas

Atenas foi fundada pelos jônicos na península da ática, próximo ao porto de Pireu. A proximidade do mar Egeu contribuiu para que Atenas desenvolvesse a navegação e o comércio e participasse do movimento de colonização (Segunda Diáspora Grega).
A economia ateniense baseava – se na agricultura, indústria e comércio. Sua sociedade dividia em três classes:
·         Cidadão: subdividida em três outros setores
Eupátridas (aristocracia agrária);
Georgoi (pequenos agricultores) e
Demiurgos ( artesãos e comerciantes);
·         Metecos: estrangeiros residentes em Atenas, dedicavam – se, principalmente ao comércio e a indústria;
·         Escravos: maior parte da população que desenvolveram todas as atividades manuais, desde serviços caseiros até a agricultura.
Sua história política é mais complexa que a de Esparta: a monarquia foi a primeira forma de governo adotada, cujo rei recebia o título de basileus.
Essa autoridade, foi posteriormente substituída por um regime aristocrático – oligárquico controlado pela aristocracia agrária. No lugar dos basileus governavam nove arcontes (arcontato), magistrados eleitos anualmente pelo areópago, conselho eupátrida que exercia o poder legislativo. As leis propostas pelo areópago eram votadas pela Eclésia, assembleia popular formada pelos cidadãos.
A participação de Atenas na colonização dos mares Negro e Mediterrâneo impulsionou sua indústria e comércio, enriquecendo os demiurgos; e, ao empobrecer os pequenos agricultores com a concorrência, aumento a escravidão por dívida e o desemprego, levando a cidade a intensa crise político – social. Tal crise abriu espaço para o surgimento dos legisladores:
·         Drácon: em 624 a.C., arconte eupátrida, elaborou um código escrito para Atenas, cuja severidade contribuiu para aumentar a insatisfação popular.
·         Sólon: em 594 a.C., magistrado e poeta, aboliu a escravidão por dívidas, suspendeu as hipotecas sobre as terras, incrementou o comércio e a indústria. Redividiu, também, a sociedade ateniense em quatro classes que, segundo o critério de riqueza, participariam do arcontato, do areópago, da bulé (conselho dos 500), da Eclésia e da heliéia (tribunal). O insucesso das reformas desencadeou insurreições populares e possibilitou a conquista do poder pelos tiranos.
Psístrato, primeiro tirano de ateniense, em 560 a.C., realizou uma reforma agrária que enfraqueceu os eupátridas. Seus filhos, Hiparco e Hípias, perderam o apoio dos demos e o poder foi conquistado por Iságoras, tirano anti – popular. Este, por sua vez, foi derrubado por Clístenes, tirano cujas reformas implantaram o regime democrático.

Da democracia participavam apenas os cidadãos e estavam marginalizados os estrangeiros, as mulheres e os escravos. Criou – se também o ostracismo. A democracia ateniense atingiu o apogeu durante o século de Péricles.

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