1° fase – Assembleia
Nacional Constituinte (1789 – 1791)
9/7/1789 – É
proclamada a Assembleia Nacional Constituinte.
14/7/1789 – Tomada
da Batilha pelo parisiense. Generalizam – se as revoltas populares na cidade e
no campo. Começa o Grande medo.
4/8/1789 – A
Assembleia abole os direitos feudais ainda existentes.
26/8/1789 – A
Assembleia aprova a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, que estabelece os direitos à igualdade de
todos perante a lei, à liberdade individual, à propriedade privada e o direito
de resistência à opressão.
5 – 6/10/1789 – Jornadas de outubro: diante da recusa
do rei de aprovar a declaração da Assembleia Constituinte, a população
parisiense invade o palácio de Versalhes e obriga o soberano a morar no Palácio
das Tulherias, em Paris.
2/11/1789 –
Nacionalização dos bens eclesiásticos, que consiste no confisco dos bens do
clero pelo Estado, numa tentativa de resolver a crise financeira da França.
12/7/1790 – É
aprovada a Constituição Civil do Clero, que estabelece a transformação dos
membros do clero em funcionários civis do Estado. Uma parte do clero aceita a
Constituição e rompe com a Santa Sé. A outra parte – o clero refratário – apóia a papa, que repudiou a Constituição, e inicia
a agitação contra – revolucionária nas províncias.
Agosto/1791 – Declaração de Pilinitz: Áustria e
Prússia ameaçam invadir a França para restabelecer o absolutismo. Crescem as
forças contra – revolucionárias no exterior.
3/9/1791 – é votada
a primeira Constituição francesa, fundada no laissez – faire. Essa Constituição abole o feudalismo,
estabelecendo a liberdade de comércio, o voto censitário e a confirmação do
direito à propriedade privada. Inicia – se a monarquia constitucional na França.
2° fase – Monarquia
constitucional (1791 – 1792)
30/9/1791 – É
dissolvida a Assembleia Constituinte.
1°/10/1791 – É
eleita a Assemblei Legislativa, composta na maioria por membros da alta burguesia: os feuillants – favoráveis à manutenção da monarquia constitucional –
e os girondinos – favoráveis à
derrubada do rei e à instituição da República. São minoria os jacobinos – representantes da pequena e
média burguesia – e os cordeleiros –
representantes das camadas mais
populares, também adeptos da República. Ainda não há partidos políticos
definidos.
20/4/1792 – Os parlamentares obrigam o rei a
declarar guerra a Áustria.
Agosto/1792 – O
povo parisiense invade as Tulherias e aprisiona a família real. É instaurada a Comuna Insurrecional de Paris. A massa
parisiense – os sans – culottes –
recebe armas para combater, sob o comando dos líderes jacobinos Marat,
Robespierre e Danton.
O exército prussianos, comandado por Brunswick, invade a
França.
2/9/1792 – Os
prussianos atacam Verdun e marcha para Paris.
2 a 5/9/1792 – Massacres de setembro: a Comuna
Insurrecional de Paris ataca o clero refratário e os nobres e parentes dos
emigrados.
20/9/1792 – Batalha de Vaim: o exército prussiano é
vencido pelas tropas francesas, constituídas na maioria pelos sans – culotes.
21/9/1792 – A
Assembleia Legislativa é substituída pela Convenção
Nacional, eleita por sufrágio universal. Fim da monarquia constitucional.
22/9/1792 – É
proclamada a República na França.
3° fase – A Convenção
Nacional – República (1792 – 1795)
Setembro/1792 –
Aumentam as tensões ideológicas entre os deputados da Convenção. Definem – se
os partidos políticos:
- Girondinos (direita): representantes da alta e média
burguesia republicana, que assumem posições conservadoras com o objetivo de
garantir a liberdade econômica e suas propriedades. Inicialmente dominam a
Convenção, mas pouco a pouco vão enfraquecendo politicamente.
- Jacobinos
(esquerda): também chamados Montanha por ocuparem os lugares mais
altos da Câmara. Representam a pequena
burguesia e as câmaras populares.
Liderados por Robespierre e Saint – Just, são apoiados pelos sans – culottes (proletário urbanos
composto por artesãos, diaristas, assalariados em geral, desempregados e
marginais).
- Pântano
(central): assim chamados por ocuparem os lugares mais baixos da câmara, caracterizam
– se pela indefinição política, apoiando ora os girondinos, ora os jacobinos.
Dezembro/1792 –
Julgamento do Rei Luís XVI, acusado de traição por ter desviado verbas
nacionais para a contra – revolução.
21/1/1793 – O Rei
Luís XVI é executado na guilhotina.
Fevereiro/1793 – A
França declara guerra à Inglaterra e, logo a seguir, à Espanha, a Nápoles, à
Toscana e a Veneza.
Março/1793 – Revolta da Vendéia: os camponeses da
região da Vendéia se rebelam contra o alistamento obrigatório. Disto se
aproveitam o clero refratário e os monarquistas para insuflar a contra –
revolução.
É instituído o Tribunal
Revolucionário, encarregado do julgamentos dos contra – revolucionários.
Forma – se a Primeira
Coligação de forças absolutistas contra a França, integrada por Inglaterra,
Áustria, Prússia, Espanha, Holanda, Sardenha e Rússia.
Abril/1793 – É
criado o Comitê de Salvação Pública,
dirigido por Danton, para garantir a segurança interna.
Acentua – se a luta entre os girondinos e a Montanha, que
busca apoio na massa popular. O Pântano, percebendo o enfraquecimento dos
girondinos, muda de posição e passa a apoiar todas as medidas de salvação pública propostas pela Montanha.
Maio/1793 – É
decretada a Lei do Máximo, tabelando
o preço dos cereais dos artigos de primeira necessidade. Em setembro do mesmo
ano, o tabelamento a todos os produtos e os salários são fixados (Lei do Máximo Geral).
31/5/1793 a 2/6/1793 –
Insurreição popular. Os sans – culottes,
liderados por Marat, Hébert e Roux, cercam a Convenção e prendem os deputados
girondinos. Os jacobinos assumem a liderança da revolução, tentando amplas
reformas, inclusive a agrária, para atender aos apelos da população, que
reivindica a distribuição equitativa dos alimentos, a cobrança igualitária de
impostos etc.
24/6/1793 – É
promulgada a Constituição de 1793, inspirada nas ideias democráticas de
Rousseau. Essa Constituição concede o direito a todos os maiores de 21 anos,
independente de sua situação econômica.
10/7/1793 – Robespierre
passa a dirigir o Comitê de Salvação Pública, substituindo Danton.
13/7/1793 – O líder
jacobino Marat é assassinado por Charlotte Corday.
Setembro/1793 –
Inicia – se o período do Terror, com
a lei dos suspeitos, que condena os
inimigos da revolução. Os suspeitos são enviados ao Tribunal Revolucionários,
cujas as atividades tornam – se intensas nesse período. Com o Terror, que se
estenderá até julho de 1794, suspendem – se a Constituição, os direitos
individuais e a divisão de poderes. Em 10 de outubro, a Convenção delega a
autoridade governamental ao Comitê de Salvação Pública, declarando o governo da
França revolucionário até ser alcançada a paz. As principais medidas do Comitê
foram:
- Reorganização dos exércitos para a defesa efetiva das
fronteiras;
- Repressão severa à subversão interna, com execução em
massa dos opositores da revolução, sobretudo os girondinos.
- Realização da reforma agrária, abolição dos últimos
resquícios feudais, confisco das propriedades dos nobres emigrados;
- Reformas na educação e no sistema de pesos e medidas;
- Restabelecimento da liberdade de culto;
- Abolição da escravidão nas colônias.
24/11/1793 – A
Convenção adota o calendário republicano, determinando a data de 22/9/1792 como
o início do ano I da República.
Dezembro/1793 – A
unidade da Montanha é rompida. Começa a luta entre as facções:
- Os hebertistas,
chefiados por Hébert, mais radicais, queriam intensificar o Terror.
- Os indulgentes,
chefiados por Daton, queriam o fim do Terror.
Março/1794 – O
Comitê de Salvação Pública prende os líderes das facções da Montanha, que são
julgados culpados pelo Tribunal Revolucionário e executados na guilhotina.
Abril a julho/1794 –
Ditadura de Robespierre, que reforça
o Terror mas acaba se isolando no poder.
Julho/1794 – Tem
início a oposição ao Terror, liderança pela alta burguesia conservadora do
Pântano.
27/7/1794 – O Golpe
9 Termidor põe fim ao Terror e ao governo revolucionário. Robespierre, Sant –
Just e seus companheiros do Comitê de Salvação Pública são mortos na guilhotina.
Julho/1794 a setembro/1795
– Período conhecido como Reação
Termidoriana: o Pântano lidera a Convenção; a alta burguesia volta ao
poder. Fim do tabelamento de preços; ressurgem a inflação e os problemas de
abastecimento. Os clubes jacobinos são fechados. A Convenção vota uma nova
Constituição do ano III (1795), que eliminava o voto universal e restabelece o
voto censitário, para impedir a participação política das camadas populares. O
poder Legislativo é confiado a duas Câmaras: o Conselho dos Quinhentos e o Conselho
dos Anciãos. O poder Executivo é exercido por cinco diretores eleitos pelo
Legislativo (Diretórios).
5/10/1795 –
Tentativa de golpe por parte dos monarquistas, sufocada por Napoleão Bonaparte.
Em recompensa, Napoleão recebeu o comando do exército na Itália.
26/10/1795 – A
Convenção se dissolve para dar lugar ao Diretório.
4° fase – Diretório
(1795 – 1799)
Outubro/1795 –
Inicia – se o regime do Diretório, período que se caracteriza pelos desmandos
políticos. A França enfrenta uma desastrosa situação econômica. Reina a
desordem no país.
Março/1796 – Começa
a Campanha da Itália, comandada pelo
general Napoleão Bonaparte. As sucessivas vitórias francesas impõe, aos
italianos pesadas contribuições que salvam o Diretório da bancarrota.
10/5/1796 – Conjura
dos iguais, movimento popular liderado por Graco Babeuf, que propõe a tomada do
poder à força e o fim da propriedade privada. Os chefes do movimento são presos
e Babeuf morre na guilhotina em 27 de maio de 1797.
Outubro/1797 –
Napoleão assina a Paz de Campo Fórmio
com a Áustria.
Maio/1798 – Começa
a Campanha do Egito, dirigida por
Napoleão contra os ingleses que, na batalha naval de Abukir, derrotam os
franceses e assume o controle do Mediterrâneo. As tropas napoleônicas ficam
isoladas da França e enfrentam dificuldades e derrotas.
Março/1799 – Forma
– se a Segunda Coligação contra a
França, integrada por Inglaterra, Rússia e Turquia.
Outubro/1799 –
Napoleão desembarca na França e é atraído pelos diretores, que preparam um
golpe de Estado contra as tentativas de restauração da monarquia e as ameaças
de terrorismo.
9/11/1799 – Golpe do 18 Brumário, que marca o fim
da revolução. Napoleão, apoiado pelo exército e pela alta burguesia, derruba o
Diretório e chega ao poder,
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