domingo, 3 de maio de 2015

Principais acontecemos da Revolução Francesas



1° fase – Assembleia Nacional Constituinte (1789 – 1791)
9/7/1789 – É proclamada a Assembleia Nacional Constituinte.
14/7/1789 – Tomada da Batilha pelo parisiense. Generalizam – se as revoltas populares na cidade e no campo. Começa o Grande medo.
4/8/1789 – A Assembleia abole os direitos feudais ainda existentes.
26/8/1789 – A Assembleia aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que estabelece os direitos à igualdade de todos perante a lei, à liberdade individual, à propriedade privada e o direito de resistência à opressão.
5 – 6/10/1789 Jornadas de outubro: diante da recusa do rei de aprovar a declaração da Assembleia Constituinte, a população parisiense invade o palácio de Versalhes e obriga o soberano a morar no Palácio das Tulherias, em Paris.
2/11/1789 – Nacionalização dos bens eclesiásticos, que consiste no confisco dos bens do clero pelo Estado, numa tentativa de resolver a crise financeira da França.
12/7/1790 – É aprovada a Constituição Civil do Clero, que estabelece a transformação dos membros do clero em funcionários civis do Estado. Uma parte do clero aceita a Constituição e rompe com a Santa Sé. A outra parte – o clero refratário – apóia a papa, que repudiou a Constituição, e inicia a agitação contra – revolucionária nas províncias.
Agosto/1791 Declaração de Pilinitz: Áustria e Prússia ameaçam invadir a França para restabelecer o absolutismo. Crescem as forças contra – revolucionárias no exterior.
3/9/1791 – é votada a primeira Constituição francesa, fundada no laissez – faire. Essa Constituição abole o feudalismo, estabelecendo a liberdade de comércio, o voto censitário e a confirmação do direito à propriedade privada. Inicia – se a monarquia constitucional na França.
2° fase – Monarquia constitucional (1791 – 1792)
30/9/1791 – É dissolvida a Assembleia Constituinte.
1°/10/1791 – É eleita a Assemblei Legislativa, composta na maioria por membros da alta burguesia: os feuillants – favoráveis à manutenção da monarquia constitucional – e os girondinos – favoráveis à derrubada do rei e à instituição da República. São minoria os jacobinos – representantes da pequena e média burguesia – e os cordeleiros – representantes das camadas mais populares, também adeptos da República. Ainda não há partidos políticos definidos.
20/4/1792 – Os parlamentares obrigam o rei a declarar guerra a Áustria.
Agosto/1792 – O povo parisiense invade as Tulherias e aprisiona a família real. É instaurada a Comuna Insurrecional de Paris. A massa parisiense – os sans – culottes – recebe armas para combater, sob o comando dos líderes jacobinos Marat, Robespierre e Danton.
O exército prussianos, comandado por Brunswick, invade a França.
2/9/1792 – Os prussianos atacam Verdun e marcha para Paris.
2 a 5/9/1792 Massacres de setembro: a Comuna Insurrecional de Paris ataca o clero refratário e os nobres e parentes dos emigrados.
20/9/1792 Batalha de Vaim: o exército prussiano é vencido pelas tropas francesas, constituídas na maioria pelos sans – culotes.
21/9/1792 – A Assembleia Legislativa é substituída pela Convenção Nacional, eleita por sufrágio universal. Fim da monarquia constitucional.
22/9/1792 – É proclamada a República na França.
3° fase – A Convenção Nacional – República (1792 – 1795)
Setembro/1792 – Aumentam as tensões ideológicas entre os deputados da Convenção. Definem – se os partidos políticos:
- Girondinos (direita): representantes da alta e média burguesia republicana, que assumem posições conservadoras com o objetivo de garantir a liberdade econômica e suas propriedades. Inicialmente dominam a Convenção, mas pouco a pouco vão enfraquecendo politicamente.
- Jacobinos (esquerda): também chamados Montanha por ocuparem os lugares mais altos da Câmara. Representam a pequena burguesia e as câmaras populares. Liderados por Robespierre e Saint – Just, são apoiados pelos sans – culottes (proletário urbanos composto por artesãos, diaristas, assalariados em geral, desempregados e marginais).
- Pântano (central): assim chamados por ocuparem  os lugares mais baixos da câmara, caracterizam – se pela indefinição política, apoiando ora os girondinos, ora os jacobinos.
Dezembro/1792 – Julgamento do Rei Luís XVI, acusado de traição por ter desviado verbas nacionais para a contra – revolução.
21/1/1793 – O Rei Luís XVI é executado na guilhotina.
Fevereiro/1793 – A França declara guerra à Inglaterra e, logo a seguir, à Espanha, a Nápoles, à Toscana e a Veneza.
Março/1793 Revolta da Vendéia: os camponeses da região da Vendéia se rebelam contra o alistamento obrigatório. Disto se aproveitam o clero refratário e os monarquistas para insuflar a contra – revolução.
É instituído o Tribunal Revolucionário, encarregado do julgamentos dos contra – revolucionários.
Forma – se a Primeira Coligação de forças absolutistas contra a França, integrada por Inglaterra, Áustria, Prússia, Espanha, Holanda, Sardenha e Rússia.
Abril/1793 – É criado o Comitê de Salvação Pública, dirigido por Danton, para garantir a segurança interna.
Acentua – se a luta entre os girondinos e a Montanha, que busca apoio na massa popular. O Pântano, percebendo o enfraquecimento dos girondinos, muda de posição e passa a apoiar todas as medidas de  salvação pública propostas pela Montanha.
Maio/1793 – É decretada a Lei do Máximo, tabelando o preço dos cereais dos artigos de primeira necessidade. Em setembro do mesmo ano, o tabelamento a todos os produtos e os salários são fixados (Lei do Máximo Geral).
31/5/1793 a 2/6/1793 – Insurreição popular. Os sans – culottes, liderados por Marat, Hébert e Roux, cercam a Convenção e prendem os deputados girondinos. Os jacobinos assumem a liderança da revolução, tentando amplas reformas, inclusive a agrária, para atender aos apelos da população, que reivindica a distribuição equitativa dos alimentos, a cobrança igualitária de impostos etc.
24/6/1793 – É promulgada a Constituição de 1793, inspirada nas ideias democráticas de Rousseau. Essa Constituição concede o direito a todos os maiores de 21 anos, independente de sua situação econômica.
10/7/1793 – Robespierre passa a dirigir o Comitê de Salvação Pública, substituindo Danton.
13/7/1793 – O líder jacobino Marat é assassinado por Charlotte Corday.
Setembro/1793 – Inicia – se o período do Terror, com a lei dos suspeitos, que condena os inimigos da revolução. Os suspeitos são enviados ao Tribunal Revolucionários, cujas as atividades tornam – se intensas nesse período. Com o Terror, que se estenderá até julho de 1794, suspendem – se a Constituição, os direitos individuais e a divisão de poderes. Em 10 de outubro, a Convenção delega a autoridade governamental ao Comitê de Salvação Pública, declarando o governo da França revolucionário até ser alcançada a paz. As principais medidas do Comitê foram:
- Reorganização dos exércitos para a defesa efetiva das fronteiras;
- Repressão severa à subversão interna, com execução em massa dos opositores da revolução, sobretudo os girondinos.
- Realização da reforma agrária, abolição dos últimos resquícios feudais, confisco das propriedades dos nobres emigrados;
- Reformas na educação e no sistema de pesos e medidas;
- Restabelecimento da liberdade de culto;
- Abolição da escravidão nas colônias.
24/11/1793 – A Convenção adota o calendário republicano, determinando a data de 22/9/1792 como o início do ano I da República.
Dezembro/1793 – A unidade da Montanha é rompida. Começa a luta entre as facções:
- Os hebertistas, chefiados por Hébert, mais radicais, queriam intensificar o Terror.
- Os indulgentes, chefiados por Daton, queriam o fim do Terror.
Março/1794 – O Comitê de Salvação Pública prende os líderes das facções da Montanha, que são julgados culpados pelo Tribunal Revolucionário e executados na guilhotina.
Abril a julho/1794 Ditadura de Robespierre, que reforça o Terror mas acaba se isolando no poder.
Julho/1794 – Tem início a oposição ao Terror, liderança pela alta burguesia conservadora do Pântano.
27/7/1794 – O Golpe 9 Termidor põe fim ao Terror e ao governo revolucionário. Robespierre, Sant – Just e seus companheiros do Comitê de Salvação Pública são mortos na guilhotina.
Julho/1794 a setembro/1795 – Período conhecido como Reação Termidoriana: o Pântano lidera a Convenção; a alta burguesia volta ao poder. Fim do tabelamento de preços; ressurgem a inflação e os problemas de abastecimento. Os clubes jacobinos são fechados. A Convenção vota uma nova Constituição do ano III (1795), que eliminava o voto universal e restabelece o voto censitário, para impedir a participação política das camadas populares. O poder Legislativo é confiado a duas Câmaras: o Conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciãos. O poder Executivo é exercido por cinco diretores eleitos pelo Legislativo (Diretórios).
5/10/1795 – Tentativa de golpe por parte dos monarquistas, sufocada por Napoleão Bonaparte. Em recompensa, Napoleão recebeu o comando do exército na Itália.
26/10/1795 – A Convenção se dissolve para dar lugar ao Diretório.
4° fase – Diretório (1795 – 1799)
Outubro/1795 – Inicia – se o regime do Diretório, período que se caracteriza pelos desmandos políticos. A França enfrenta uma desastrosa situação econômica. Reina a desordem no país.
Março/1796 – Começa a Campanha da Itália, comandada pelo general Napoleão Bonaparte. As sucessivas vitórias francesas impõe, aos italianos pesadas contribuições que salvam o Diretório da bancarrota.
10/5/1796 – Conjura dos iguais, movimento popular liderado por Graco Babeuf, que propõe a tomada do poder à força e o fim da propriedade privada. Os chefes do movimento são presos e Babeuf morre na guilhotina em 27 de maio de 1797.
Outubro/1797 – Napoleão assina a Paz de Campo Fórmio com a Áustria.
Maio/1798 – Começa a Campanha do Egito, dirigida por Napoleão contra os ingleses que, na batalha naval de Abukir, derrotam os franceses e assume o controle do Mediterrâneo. As tropas napoleônicas ficam isoladas da França e enfrentam dificuldades e derrotas.
Março/1799 – Forma – se a Segunda Coligação contra a França, integrada por Inglaterra, Rússia e Turquia.
Outubro/1799 – Napoleão desembarca na França e é atraído pelos diretores, que preparam um golpe de Estado contra as tentativas de restauração da monarquia e as ameaças de terrorismo.
9/11/1799 Golpe do 18 Brumário, que marca o fim da revolução. Napoleão, apoiado pelo exército e pela alta burguesia, derruba o Diretório e chega ao poder,




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